variações sobre um cavalo à solta

Meu madrigal, meu riso claro, devaneio 

leito de rio, manhã de alva, meu enleio 

de navegar, de me afundar

minha promessa de me erguer 

em corpo cego que incendeio. 

 

Meu doce outono, meu inverno, primavera 

que se perdeu em desencontros, minha espera 

ardente e crua, vestida e nua 

minha promessa de retorno 

à pátria livre de onde eu era.

 

E assim desdigo, e assim anseio

por fogo posto ao sabor da minha espora

E assim cavalgo, e assim procuro

Via de fogo, labirinto, nova aurora.

rio ceira

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