júbilo, memória


Não gosto da designação poesia erótica apenas porque me parece ser, à partida, redutora do poema e do poeta. Se o poema é carne e criação, animal e celebração, também o é o livro dos génesis ou a poesia trovadoresca. Quando Hilda Hilst perguntasse “porque havias de querer a minha alma na tua cama?” (*) e a resposta fosse “ai, doce pensamento meu, quando me levarás onde te envio eu!”(**) a matéria e o transcendente poderiam encontrar-se.

Erótico e primitivo. Assim será poema.



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(*) Júbilo, Memória, Noviciado da Paixão

(**) Anónimo, Romancero general, Espanha


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